O Indíviduo nas Dependências
Embora nunca tenha sido determinada uma personalidade específica para as pessoas dependentes, há comorbidades psiquiátricas que favorecem a dependência de substâncias. Na verdade um número grande de transtornos aumentam a vulnerabilidade contribuindo para a posição dos profissionais de saúde que devem ser contra a propaganda de substâncias que podem levar à dependência.Aliás é também absurda a propaganda de medicamentos. Não são mercadorias comuns. São muitas as vulnerabilidades às dependências. Mas focando os transtornos psiquiátricos:
Falamos no inicio dessa apresentação em como o ser humano deseja com frequência experimentar por algum tempo pelo menos, ser outra pessoa, diferente daquela com quem convive o tempo todo, ele mesmo. Agora imagine que essa pessoa com quem ele está o tempo todo, ele mesmo, vive em constante sofrimento. Buscar alivio em um paraíso artificial e imediato passa a ser muito mais atraente. É onde, além do tratamento imediato da síndrome de abstinência, entra o médico no tratamento das dependências, a longo prazo para evitar as recaídas, ou melhor é onde na equipe multidisciplinar o papel do médico e sua necessidade fica mais claro e o tratamento vai para o campo da psicofarmacologia. Importante lembrar que o diagnóstico de uma comorbidade psiquiátrica só deve ser feito após atingida a abstinência e passada a síndrome de abstinência. Fala-se em 4 a 5 semanas depois da interrupção do uso da droga, idealmente.
Estamos falando de ansiosos, deprimidos, pessoas que sofrem de transtorno afetivo bipolar, transtorno de hiperatividade com deficit de atenção, transtornos de personalidade. Considerando aspectos menos graves da personalidade temos os tímidos, que por exemplo se valem do álcool para qualquer necessidade de exposição ainda que potencialmente feliz como uma festa. Os solitários, que encontram como eles mesmos dizem companhia no cigarro ou na bebida. Psiquiatras e psicológos são fundamentais no tratamento das dependências mas toda a equipe deve focar a mudança de estilos de vida. Por exemplo, é possivel atender um executivo bem sucedido que todo final de tarde vai a um pub para um drink antes de dirigir seu carro de volta para casa. Ele alega fazer isso para relaxar após um dia intenso. E é isso que os diversos filmes nos ensinam. Pois bem, que tal ensinar outras formas de relaxamento, ou os riscos de escolher esta forma de relaxamento diário, seguida de direção sob alcool?
Muitos médicos relutam em fazer isso porque também escolhem relaxar sob o efeito do álcool. Sendo uma escolha que não é isenta de riscos e considerando as vulnerabilidades e o significado das palavras de um médico para seus pacientes, não parece certo que um médico incentive seu paciente a beber ainda que em quantidades consideradas pouco tóxicas. Essa dose poderá facilmente aumentar e com o " consentimento" do médico. Não esqueçam que o que o paciente ouve o médico dizer não corresponde sempre exatamente ao que foi dito. Testem.
E não esqueçam dos vulneráveis.
E aprendam desde já em relação ao álcool e depressão: mulheres deprimidas bebem principalmente quando solitárias. Homens deprimem sob efeito do álcool . Álcool pode provocar ideação suicida.
Recomendo como leitura o livro de Griffith Edwards: o tratamento do alcoolismo. Ele foi o cientista que definiu a síndrome de dependência do álcool, editor da excelente revista Addictions e embora tenha falecido há alguns anos é uma autoridade que ainda supera muitas , a ser respeitada e muito por sua impecável ética e compromisso no ensino dos efeitos do alcool.
Embora nunca tenha sido determinada uma personalidade específica para as pessoas dependentes, há comorbidades psiquiátricas que favorecem a dependência de substâncias. Na verdade um número grande de transtornos aumentam a vulnerabilidade contribuindo para a posição dos profissionais de saúde que devem ser contra a propaganda de substâncias que podem levar à dependência.Aliás é também absurda a propaganda de medicamentos. Não são mercadorias comuns. São muitas as vulnerabilidades às dependências. Mas focando os transtornos psiquiátricos:
Falamos no inicio dessa apresentação em como o ser humano deseja com frequência experimentar por algum tempo pelo menos, ser outra pessoa, diferente daquela com quem convive o tempo todo, ele mesmo. Agora imagine que essa pessoa com quem ele está o tempo todo, ele mesmo, vive em constante sofrimento. Buscar alivio em um paraíso artificial e imediato passa a ser muito mais atraente. É onde, além do tratamento imediato da síndrome de abstinência, entra o médico no tratamento das dependências, a longo prazo para evitar as recaídas, ou melhor é onde na equipe multidisciplinar o papel do médico e sua necessidade fica mais claro e o tratamento vai para o campo da psicofarmacologia. Importante lembrar que o diagnóstico de uma comorbidade psiquiátrica só deve ser feito após atingida a abstinência e passada a síndrome de abstinência. Fala-se em 4 a 5 semanas depois da interrupção do uso da droga, idealmente.
Estamos falando de ansiosos, deprimidos, pessoas que sofrem de transtorno afetivo bipolar, transtorno de hiperatividade com deficit de atenção, transtornos de personalidade. Considerando aspectos menos graves da personalidade temos os tímidos, que por exemplo se valem do álcool para qualquer necessidade de exposição ainda que potencialmente feliz como uma festa. Os solitários, que encontram como eles mesmos dizem companhia no cigarro ou na bebida. Psiquiatras e psicológos são fundamentais no tratamento das dependências mas toda a equipe deve focar a mudança de estilos de vida. Por exemplo, é possivel atender um executivo bem sucedido que todo final de tarde vai a um pub para um drink antes de dirigir seu carro de volta para casa. Ele alega fazer isso para relaxar após um dia intenso. E é isso que os diversos filmes nos ensinam. Pois bem, que tal ensinar outras formas de relaxamento, ou os riscos de escolher esta forma de relaxamento diário, seguida de direção sob alcool?
Muitos médicos relutam em fazer isso porque também escolhem relaxar sob o efeito do álcool. Sendo uma escolha que não é isenta de riscos e considerando as vulnerabilidades e o significado das palavras de um médico para seus pacientes, não parece certo que um médico incentive seu paciente a beber ainda que em quantidades consideradas pouco tóxicas. Essa dose poderá facilmente aumentar e com o " consentimento" do médico. Não esqueçam que o que o paciente ouve o médico dizer não corresponde sempre exatamente ao que foi dito. Testem.
E não esqueçam dos vulneráveis.
E aprendam desde já em relação ao álcool e depressão: mulheres deprimidas bebem principalmente quando solitárias. Homens deprimem sob efeito do álcool . Álcool pode provocar ideação suicida.
Recomendo como leitura o livro de Griffith Edwards: o tratamento do alcoolismo. Ele foi o cientista que definiu a síndrome de dependência do álcool, editor da excelente revista Addictions e embora tenha falecido há alguns anos é uma autoridade que ainda supera muitas , a ser respeitada e muito por sua impecável ética e compromisso no ensino dos efeitos do alcool.
Comentários
Postar um comentário
Dúvidas relacionadas ao conteúdo, complemento ou informações adicionais ao conteúdo por professores