Transtornos do Uso de Substâncias IV
Bom, seria alguém totalmente consciente de si mesmo, possível presa de uma droga? Acredito que não. Aliás as pesquisas apontam a inteligência como fator protetor das dependências.
Mas aí agora deixei a visão romântica humanista: vamos tratar. E chorar as perdas, e refletir como fazer melhor. E considerar que como em toda condição crônica em medicina, o paciente deve ser acompanhado para sempre e não abandonado após uma primeira abordagem que o levou à remissão.
Há alguns anos o professor Maclellan ao nos ensinar que as dependências são doenças crônicas e como tal deixar de seguir o paciente e vê-lo recair apenas prova que o tratamento é eficaz e não o contrário como se fazia, explico: Tratamos pacientes , eles ficam abstinentes e eu lhes dou alta. Um ano depois apenas 30% deles continuam abstinentes, qualquer que tenha sido o tratamento. Conclusão: vocês enxugam gelo, não adianta tratar dependência. Mas e se ao invés de dependente ele for hipertenso? Eu trato, consigo controlar, e o deixo entregue à própria sorte. Vocês certamente dirão: poxa parou o antihipertensivo que era tão eficaz!. É a mesma coisa. Não sei porque se criou essa distinção mas acredito que foi o modelo moral que nos atrapalhou e entristeceu por tanto tempo.
Mas vamos lá: Quando da experimentação a pessoa passa a considerar a substância o centro da sua vida, mais importante do que qualquer coisa, e é lógico, nesse momento vocês devem olhar os critérios disponibilizados no site psicofarmacologiadaalma, pois verão que são muitos critérios, e que não há um dependente igual ao outro, mas bem, nesse ponto a droga passou a ser essencial. Aí temos um problemão: a dependência se instalou. Muitos pacientes vão negar: uso porque gosto, porque quero. Então , aproveitem sua condição de profissional e peçam a ele para não usar durante um mês para você poder avaliar determinada condição clinica: é enorme a sua influência quando de jaleco está na posição de cuidador. Você não tem esse poder como familiar. Bom, existe um video do Dr Claudio Jerônimo da UNIFESP que mostra o que pode acontecer um mês depois. O paciente pode se conscientizar de que não foi fácil ficar sem a droga. Você terá avançado se isso acontecer.
Considerando então agora que temos a condição clinica DEPENDÊNCIA ou ADIÇÃO, é preciso não esquecer que é uma condição tricimensional que depende de :
1. Sociedade onde o individuo está inserido
2. Individuo que consome a droga
3. Das propriedades farmacológicas da droga consumida
Bom, seria alguém totalmente consciente de si mesmo, possível presa de uma droga? Acredito que não. Aliás as pesquisas apontam a inteligência como fator protetor das dependências.
Mas aí agora deixei a visão romântica humanista: vamos tratar. E chorar as perdas, e refletir como fazer melhor. E considerar que como em toda condição crônica em medicina, o paciente deve ser acompanhado para sempre e não abandonado após uma primeira abordagem que o levou à remissão.
Há alguns anos o professor Maclellan ao nos ensinar que as dependências são doenças crônicas e como tal deixar de seguir o paciente e vê-lo recair apenas prova que o tratamento é eficaz e não o contrário como se fazia, explico: Tratamos pacientes , eles ficam abstinentes e eu lhes dou alta. Um ano depois apenas 30% deles continuam abstinentes, qualquer que tenha sido o tratamento. Conclusão: vocês enxugam gelo, não adianta tratar dependência. Mas e se ao invés de dependente ele for hipertenso? Eu trato, consigo controlar, e o deixo entregue à própria sorte. Vocês certamente dirão: poxa parou o antihipertensivo que era tão eficaz!. É a mesma coisa. Não sei porque se criou essa distinção mas acredito que foi o modelo moral que nos atrapalhou e entristeceu por tanto tempo.
Mas vamos lá: Quando da experimentação a pessoa passa a considerar a substância o centro da sua vida, mais importante do que qualquer coisa, e é lógico, nesse momento vocês devem olhar os critérios disponibilizados no site psicofarmacologiadaalma, pois verão que são muitos critérios, e que não há um dependente igual ao outro, mas bem, nesse ponto a droga passou a ser essencial. Aí temos um problemão: a dependência se instalou. Muitos pacientes vão negar: uso porque gosto, porque quero. Então , aproveitem sua condição de profissional e peçam a ele para não usar durante um mês para você poder avaliar determinada condição clinica: é enorme a sua influência quando de jaleco está na posição de cuidador. Você não tem esse poder como familiar. Bom, existe um video do Dr Claudio Jerônimo da UNIFESP que mostra o que pode acontecer um mês depois. O paciente pode se conscientizar de que não foi fácil ficar sem a droga. Você terá avançado se isso acontecer.
Considerando então agora que temos a condição clinica DEPENDÊNCIA ou ADIÇÃO, é preciso não esquecer que é uma condição tricimensional que depende de :
1. Sociedade onde o individuo está inserido
2. Individuo que consome a droga
3. Das propriedades farmacológicas da droga consumida
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